Os pintores mais brilhantes de todos os tempos
Leonardo da Vinci
(1452-1519)
Graças a uma imensa variedade de talentos, que iam da arte à ciência, Leonardo da Vinci foi destacado uma peça-chave da história da arte. Ainda muito jovem, Da Vinci começou a trabalhar como artista independente em Florença, onde já dava mostras das inovações que iriam definir sua pintura, como a organização criativa dos espaços em composições harmoniosas e aparentemente simples. São dele algumas das obras mais admiradas do mundo, como “A Última Ceia”, que retrata bem a personalidade de cada apóstolo a partir dos gestos, e a “Mona Lisa”, com seu sorriso enigmático e sereno que encanta o mundo há séculos.
Van Gogh
(1853-1890)
O holandês Vincent Van Gogh é dono de uma carreira ao mesmo tempo trágica e inspiradora. Já adulto, ele começa pintando desenhos naturalistas e bucólicos. Em 1886, ele se muda para Paris, onde estuda a teoria das cores e efeitos de luminosidade. Em seguida, o estilo de sua pintura acompanha suas mudanças psicológicas. Em 1888, ele decepa a própria orelha. Depois de se internar voluntariamente em um hospital psiquiátrico, ele volta com um estilo frenético de pintar registrado em “Campo de trigo com corvos”. Em 1890, em estado de profunda depressão, ele dá um tiro no próprio peito e morre alguns dias depois.
Michelangelo
(1475-1564)
Michelangelo Buonarroti foi um desses talentos da arte que ninguém consegue explicar. Com desenvoltura, ele foi escultor, pintor, arquiteto e até poeta. Como pintor, Michelangelo é o homem por trás de uma das obras sagradas mais conhecidas do mundo: o monumental teto da Capela Sistina, no Vaticano. Michelangelo realizou sozinho as nove pinturas, num total de 800m2, que compõem três momentos: “A criação da Terra por Deus”, “A criação da humanidade e sua queda” e “A humanidade”. O emocionante retrato de Deus estendendo o dedo para tocar Adão é uma das imagens mais emblemáticas já vistas.
Pablo Picasso
(1881-1973)
Um dos maiores gênios do século XX, Pablo Picasso era dono de uma criatividade sem limites. Ainda jovem, quando começou a estudar pintura na Espanha, Picasso já realizava quadros com total domínio de composição, cor e técnica. Sua pintura passou por diferentes fases: a Fase Azul (obras melancólicas), a Fase Rosa (uso de cores quentes), a Fase Primitiva, (inspirada na escultura pré-romana), o Cubismo Analítico e o Cubismo Sintético. Foi um dos criadores do estilo cubista, que retrata formas tridimensionais em planos bidimensionais. Sua grande obra-prima foi “Guernica”, um manifesto contra o horror e a brutalidade de da guerra.
Graças principalmente a suas manias e excentricidades, o pintor espanhol Salvador Dalí foi alçado a grande ícone da arte do século XX. Depois de se mudar para Paris, Dalí passou a integrar o movimento surrealista, que buscava a inspiração no subconsciente humano. Suas pinturas representam um mundo de sonhos, em que objetos são dotados de significado, muitas vezes, ilógico no meio de paisagens inóspitas, como mostra uma de suas obras-primas “A persistência da memória”, em que relógios derretidos estão largados no deserto.
Claude Monet
(1840-1926)
Reza a lenda que, quando criança, Claude Monet passava muito tempo apenas observando as rápidas transformações da luz sobre o mar. Depois de adulto, começou a pintar e se juntou a alguns artistas para promover uma mostra de quadros independente, em 1874. A exposição foi criticada pelos jornais da época, que a descreveram, ironicamente, como “A mostra dos impressionistas”. Os artistas, então, se apropriaram do termo para criar um dos principais movimentos da história da arte. Monet ficou muito conhecido por seu estilo, empregando pinceladas livres e gestuais para transmitir a impressão que ele tinha da paisagem.
Diego Velázquez
(1599-1660)
Graças a um estilo que abusava de pinceladas virtuosas, rápidas e livres, Diego Velázquez conseguiu gerar retratos ao mesmo tempo realistas e psicologicamente penetrantes. Logo cedo, ele pintou “O vendedor de água em Sevilha”, um quadro de realismo renovado, com predileção para cenas cotidianas, retrato de pessoas humildes e valorização da dignidade do homem. Sua grande obra é "A família de Filipe IV”, também conhecida como “As meninas”. Nela, o planejamento e a perspectiva da tela revelam a extensão do domínio que o pintor tinha em relação à matemática, geometria e instrumentos ópticos.
Caravaggio
(1571-1610)
Pintor revolucionário, Caravaggio fazia arte sacra simbólica e altamente dramática, graças aos contrastes marcantes entre luz e sombra. Ao contrário de muitos pintores do século XVII, Caravaggio não teve uma educação formal. Seu talento era tipicamente o de um gênio. Talvez por isso, ele desenhava direto sobre a tela e pintava por cima, sem muito planejamento, nem rascunhos. Por retratar cenas sombrias da Bíblia, como em “A decapitação de São João Batista”, Caravaggio era um artista controverso. Algumas de suas obras foram consideradas blasfêmias pela Igreja. Ainda assim, seu legado trouxe um realismo intenso à arte sacra.
Matisse
(1869-1954)
Com obras que usam matizes da luz natural, concentrada na dinâmica entre personagens e tecidos vívidos, Henri Matisse é reverenciado até hoje pelo uso da cor em seus quadros. Admirador da arte dos impressionistas, Matisse fez diversos experimentos com diferentes técnicas de luminosidade. Depois veio sua predileção por traços apressados, que mais sugerem do que definem, como na obra-prima "A dança", considerada um marco na carreira do pintor, "Nu azul IV" e "Banhistas na margem de um rio", algumas de suas obras mais famosas.
Pai da pintura abstrata, Kandinsky foi obcecado por encontrar a cor pura. O resultado dessa busca culminou em uma verdadeira revolução na arte: o abstracionismo. Suas enérgicas formas e blocos de cores vivas provocam uma reação emocional semelhante à música clássica. Essa mistura entre os sentidos, ver e ouvir, pintura e música, foi um dos maiores interesses do artista na hora de compor sua vasta obra. O legado que Kandinsky deixou para a história da arte, além das técnicas de pintura, está na crença de que a arte pode emocionar mesmo sem que haja nenhuma referência descritiva aparente. Como a música.
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